bastet

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Bastet é uma divindade solar do panteão egípcio. Deusa que detinha o poder sobre os eclípses solares e a proteção das mulheres gravidas. Porém, muitas vezes era associada a Lua, devido ao de fato de também reger a fertilidade. Era representada por uma gata preta e consequentemente foi associada a proteção destes animais. Por vezes, também era representada por uma mulher com cabeça de gata, antropomorfismo muito característico na religião egípcia.

Esposa de Rah, Bastet foi uma das divindades mais antigas (registros datam de antes de 2040 a.C) e veneradas do antigo Egito, e em consequência disso, os felinos eram considerados animais sagrados que "personificavam" a própria deusa. Também era relacionada a cura e por isso, era comum ver médicos egípcios utilizando o símbolo do gato preto como sinal de conhecimento das artes curativas.
Bastet também era relacionada a deusa leoa Sekhmet.

Mas quem era Sekhmet?
Sekhmet era a deusa da destruição, deusa que representava a vingança, e era representada sob a forma de uma mulher com cabeça de leoa. Segundo a lenda, Ráh, muito decepcionado com o comportamento da humanidade, enviou Sekhmet para dizimar metade da população da terra, em sinal de sua vingança. Toth, resolvendo dar um basta na matança, embebedou a deusa com vinho mágico, fazendo-a pensar se tratar de sangue. Com isto a deusa adormeceu, e quando acordou havia sido transformada em uma dócil gata (Bastet)

Este aspecto arquetípico da lenda, vem explicitar a natureza dualista da existência, (Criação-Destruição) onde a fertilidade e a maternidade são manifestações da força criadora expressa em Bastet, e a morte e destruição, obviamente, são facetas da força destruidora que se expressa em Sekhmet.
Outra forma alegórica do dualismo é expressa através da síntese Bastet-Anubis, onde em algumas representações artísticas é comum ver ambos juntos.


É possível entender essa correlação através da análise das características de ambos os deuses.
A análise é simples, basta que lembremos que Bastet é a deusa da fertilidade e Anubis o deus dos mortos. 
Segundo a mitologia egípcia, após a morte, as almas dos indivíduos eram conduzidas ao grande julgamento, onde Anubis pesava o coração do indivíduo em uma balança onde o contrapeso era a pena da verdade da deusa Maat (Cro-Maat!). Caso o coração do indivíduo fosse tão leve quanto a pena, ele poderia seguir para a eternidade. Porém, se o coração fosse mais pesado que a pena, o indivíduo teria a danação eterna.

Assim, vemos que os binários vida-morte e criação-destruição, são ressaltados na tríade BASTET-SEKHMET,ANUBIS, que através de suas características deídicas lançam uma luz no entendimento do caráter dualista da existência


 

 

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